Em uma Copa, a campeã do mundo. Na outra, a mais desfalcada. Essa é situação da França, que contabilizou oito baixas na seleção. O motivo? Lesões. Nas linhas seguintes você vai conferir todos os desfalques da Copa de 2022 até o momento e, principalmente, como prevenir essas lesões.
Como visto na tabela anteriormente, os jogadores da seleção francesa foram os mais afetados com as lesões. O número fechou em oito baixas logo após a estreia contra a Austrália. Na ocasião, o zagueiro Lucas Hernández sofreu uma lesão no Ligamento Cruzado Anterior (LCA).
Confira aqui o vídeo em que o Doutor Dahan explica sobre como ocorre a lesão do LCA.
Além da França, o Brasil também foi impactado anteriormente à convocação, quando Philippe Coutinho confirmou a impossibilidade de participar devido a uma lesão na coxa. O lateral-esquerdo, Guilherme Arana, também ficou fora das opções de Tite.
Quando o assunto é lesão, a Alemanha também não ficou de fora. Dois jogadores não puderam participar.
O meia Marcos Reus, que é considerado o “maestro” da Alemanha, não participou dos últimos mundiais, uma vez que estava lesionado em todos campeonatos: Copa de 2014, Eurocopa 2016 e 2020, e neste ano, na Copa de 2022.
A seleção da Argentina teve três desfalques:
A preocupação com a lesão torna-se mais evidente quando o assunto é um campeonato em nível mundial.Mas, quando pensamos na saúde e na qualidade do estado físico e mental, essa atenção deveria ser constante.
Por isso, se você trabalha com atletas de alto rendimento, profissionais ou amadores, preste atenção nas linhas seguintes.
O artigo publicado por Hagglund et al., (2012), avaliou os fatores de risco para lesões nos membros inferiores em jogadores de futebol profissionais, juntamente com a Associação de Futebol e União Europeia (UEFA).
No total, 26 clubes participaram da pesquisa, que analisou 1401 jogadores e documentou 2123 lesões musculares.
Na imagem vista anteriormente, é possível observar que uma lesão pode ocorrer em decorrência de um problema em outro grupamento muscular. Em outras palavras, é possível ter uma lesão na posterior, se anteriormente houve lesão no quadríceps.
Conforme aponta o estudo, lesões anteriores podem modificar as propriedades biomecânicas dos membros inferiores e aumentar o risco de lesão.
Portanto, isso significa que, se um jogador sofreu uma lesão no adutor, por exemplo, pode vir a ocorrer uma lesão futura no quadríceps.
Mas este não é o único fator decisivo!
Quando observamos as lesões no quadríceps e nos adutores com maior incidência na perna dominante, podemos correlacionar com o volume do treinamento, chute e passes.
Além disso, há indícios de que a preferência do membro dominante resulte em desequilíbrios musculares. E quando isso é persistente, aumenta o risco de lesão. Ou seja, desequilíbrio de força muscular e assimetria entre os membros.
Certamente, é preciso quantificar a avaliação de força para evitar as principais lesões no futebol.
Por isso a importância do E-lastic, pois a tecnologia permite a avaliação da força baseada em evidência de todos os grupos musculares citados no estudo.
Veja aqui a importância da avaliação de força dos membros inferiores em atletas de futebol.
A sugestão é que o profissional do movimento humano avalie a assimetria da força muscular dos principais membros citados. E, também do índice I/Q, quando relacionado aos isquiotibiais e quadríceps. Logo que, só é possível direcionar um tratamento ou treinamento com precisão, sem riscos, quando entende a capacidade daquele atleta.
Outro fator determinante citado no artigo é a utilização do treinamento excêntrico ou avaliação da força muscular excêntrica dos isquiotibiais.
Você já ouviu falar do exercício nórdico? É um exercício simples, porém, que exige muito dos músculos posteriores da coxa. Ele utiliza o próprio peso corporal da pessoa que está realizando o exercício.
O exercício nórdico é um dos exercícios mais eficazes no fortalecimento excêntrico dos isquiotibiais e resulta em bons resultados em equipes de futebol profissional e amador.
O atleta precisa estar ajoelhado com as coxas e o tronco alinhados em ângulo reto com as pernas e os seus pés devem estar em contato com o chão. Seja com um contrapeso (como verá no vídeo abaixo) ou com auxílio de uma pessoa para segurar as pernas.
A atividade se inicia com o atleta inclinando o tronco até o chão de maneira lenta para aumentar o carregamento muscular na fase excêntrica.
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