Como um fisioterapeuta deve realizar um teste muscular? Há métodos mais efetivos do que outros? Neste artigo nós mostramos algumas maneiras de avaliar a força e como fazer isso de maneira acessível.
O fisioterapeuta que deseja descobrir com detalhes lesões, desequilíbrios e patologias musculares precisa realizar testes de força muscular.
Cada profissional tem seu jeito de tratar e diagnosticar os pacientes. Há aqueles que se baseiam apenas na sua experiência, avaliando de maneira subjetiva; há também quem alia a tecnologia à experiência e avalia baseado em evidências.
Independente de qual dos dois grupos acima você se identifica, neste post eu vou te mostrar como realizar teste de força muscular e você descobrirá ainda que há um jeito bem acessível de fazer isso da forma correta.
De nada adianta realizar teste de força muscular se nem ao menos conhecemos os tipos de força muscular, né?
A força muscular, segundo Kraemer e Hakkinen (2004), pode ser definida como a quantidade de tensão que um músculo ou grupamento muscular pode gerar dentro de um padrão específico e com determinada velocidade de movimento.
Embora o termo “força muscular” esteja no singular, não há apenas um tipo de força, mas sim vários. Contudo, para este artigo vamos citar os tipos de força mais utilizados: Força máxima ou pura, força rápida ou explosiva, força de resistência.
É a capacidade que um músculo ou grupamento muscular tem em realizar máximas tensões. Em outras palavras, é a maior força que uma pessoa pode desenvolver.
Essa força pode ser isométrica, onde há máximo de força e máxima tensão, mas não há nenhum movimento. E pode também ser dinâmica, onde há o máximo de força e tensão, e há movimento.
O valor da força máxima pode ser quantificado através de protocolos de repetição máxima, como o teste de 1RM.
Talvez você a conheça como potência. Que segundo Weineck é a capacidade do sistema neuromuscular de movimentar o corpo ou parte do corpo – e até objetos – com uma velocidade máxima. Esse movimento envolve uma enorme velocidade de contração.
Esses movimentos são programados, o que implica dizer que são processados por meio do sistema nervoso. É um tipo de força exercida comumente por velocistas e jogadores de futebol, por exemplo.
Para Stubler et al é a capacidade que os músculos ou grupos musculares têm para resistir contra o cansaço com repetidas contrações dos músculos. Uma outra definição para a força de resistência é a capacidade de resistir à fadiga por um tempo prolongado.
Esse tipo de força é requerida nas atividades do dia a dia, com mais ênfase naquelas pessoas que exercem alguma atividade profissional que requer a repetição de movimentos.
Explicado os três principais tipos de força, vou contar para você algumas maneiras corretas de realizar teste de força.
Importante ressaltar que as coisas que direi a seguir são apenas dicas baseadas nos insights extraídos após conversas que nós aqui da E-lastic temos com fisioterapeutas de todo o Brasil.
Dito isso, vamos lá!
Aqui vão três dicas para que você realize testes de força da maneira correta.
1) A primeira dica é que antes de iniciar a avaliação, você situe o paciente sobre para que serve o exercício, quais músculos ele irá avaliar, qual posição ele deve estar e qual movimento deve executar.
Para quem é fisioterapeuta, é fácil imaginar que são coisas óbvias, mas é comum esquecermos que muitos pacientes não estão habituados a isso. Presumindo que você tenha um bom relacionamento com seus pacientes, isso será fácil.
2) Para um resultado fidedigno é preciso que o movimento seja executado da forma correta. Após seguir o passo 1, você precisa posicionar o paciente na posição correta, verificar se a execução do exercício foi correta – caso não, repita corretamente. O movimento executado da maneira correta, evita alterações no resultado da avaliação.
3) Explicar e, se possível, exemplificar ao paciente sobre o resultado da avaliação. Deixar claro para ele se há algo fora do normal ou se há assimetria muscular, por exemplo. Se puder comprovar essas informações com evidências, melhor ainda (sua consulta terá ainda mais valor).
Essas são apenas algumas dicas, mas há diversas outras que podem te ajudar. No próximo tópico eu vou mostrar para você sobre os métodos utilizados para realizar testes de força.
Métodos para realizar teste de força
Quando falamos em avaliar a força muscular, é preciso entender que há níveis da força muscular.
A escala a seguir é mundialmente conhecida por fisioterapeutas e foi desenvolvida pelo Medical Research Council of The United Kindom – sendo mais conhecida como Escala MRC.
Como você pôde observar, cada número da escala representa um nível de força. Sendo 0 a qual o paciente não percebe nenhuma contração muscular e 5 onde ele é capaz de aplicar força contra a gravidade normalmente.
Embora esse método seja difundido e utilizado em inúmeros atendimentos, há um grande problema com ele: é bastante subjetivo. Afinal, não se utiliza de dados e sim da percepção do avaliador.
É claro que você pode utilizar a Escala MRC para realizar testes de força, mas tenha em mente que os resultados podem não representar 100% a realidade.
Agora, se você quer conhecer métodos que utilizem mais dados e sejam mais fidedignos, continue essa leitura, pois irei te apresentar ao dinamômetro.
Quando se fala de avaliação de força muscular, dois tipos de dinamômetros são bastante procurados: o isocinético e o isométrico.
O dinamômetro isocinético é considerado padrão ouro na avaliação da força, uma vez que ele consegue medir pico de força, identificar desequilíbrios musculares e medição com velocidades angulares.
Esse tipo de aparelho é muito comum em clubes de futebol, futsal, basquete e até vôlei. Só que o aparelho isocinético não é muito acessível, seus valores podem chegar a meio milhão de reais – o que o afasta da realidade da maioria dos fisioterapeutas brasileiros.
Por conta disso, o dinamômetro isométrico ganha cada vez mais espaço no mercado da fisioterapia. Por ter valores muito mais acessíveis, por ser portátil e por também entregar uma avaliação precisa.
Há diferentes tipos de dinamômetros isométricos de acordo com a necessidade que o fisioterapeuta tem para seus testes de força:
O dinamômetro isométrico se mostra de enorme valor para fisioterapeutas que querem abandonar a subjetividade e oferecer avaliações eficazes. Outro ponto positivo que esse equipamento tem é dar um diferencial ao profissional que o utiliza no dia a dia.
Falamos aqui um pouco sobre como realizar testes de força e apresentei a você os dinamômetros. Que tal eu te mostrar como realizar um teste de força com um dinamômetro isométrico?
Para este exemplo vamos usar o exercício de extensão de joelho para mostrar como um teste de força pode ser realizado.
Presumindo que você já fez uma primeira avaliação com o paciente, sabe do diagnóstico e pretende realizar o primeiro teste de força para saber o grau de força dele.
O passo seguinte é posicionar o paciente na posição correta para a avaliação, neste caso em posição sentada de maneira que a perna aferida não toque o chão, como no vídeo abaixo.
Uma vez bem fixado ao membro aferido e a uma resistência, não tem segredo: o E-lastic vai captar a força exercida e transferir tudo em tempo real para o seu aplicativo.
O fisioterapeuta consegue então ver na tela do seu celular a força exercida pelo paciente e pode até mostrar a ele. A avaliação fica salva no perfil do paciente e pode ser utilizada como parâmetro com testes de força que forem feitos no futuro.
Talvez você esteja pensando: “Mas é só isso para fazer teste de força com o E-lastic?”
E sendo bem sincero: é somente isso, sim!
O E-lastic deixa bem mais prático o trabalho do fisioterapeuta quando o assunto é realizar testes de força. São várias funcionalidades exclusivas que auxiliam mais de 800 assinantes em todo o Brasil e também pode ajudar você.
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