A força muscular é a principal valência física e sua avaliação clínica é feita através de testes manuais, alguns deles com dinamômetros, aqueles equipamentos utilizados para medir a intensidade de uma força. Só que isso, por vezes é algo pouco entendido e neste artigo mostrarei para que serve um dinamômetro na avaliação de força muscular.
Ao final deste artigo, você fisioterapeuta, já saberá o que precisa sobre os dinamômetros e como eles podem te ajudar a avaliar força. E poderá também, saber com precisão qual dinamômetro adquirir para a sua clínica.
Vamos lá?
O dinamômetro é um aparelho utilizado para medir a intensidade da força. Essa intensidade pode ser medida em quilograma-força e em Newton.
Para termos uma melhor compreensão do que é um dinamômetro, é preciso uma rápida contextualização do agente que fez o dinamômetro ser necessitado: a força.
A força, como aprendemos nas aulas de física, é um conceito da mecânica utilizada para designar o agente que altera o estado de repouso ou de movimento de um determinado corpo. A força possui algumas características próprias:
A força está diretamente relacionada com as Leis de Newton, podendo ser estudada em dois campos: a estática e a dinâmica. Sendo a primeira relacionada ao estudo de corpos em repouso; a segunda, relacionada ao movimento.
Em qualquer movimento corporal a força é requisitada e ela pode ser identificada como a capacidade de vencer uma resistência ou de manter contra ela o esforço desejado. E, como não poderia deixar de ser, a força estática e força dinâmica fazem parte dessa lógica.
Trazendo esses dois campos de estudos para a força muscular, Eduardo Santos explicou que:
Chegar a esse ponto era fundamental para que eu pudesse mostrar a você o uso do dinamômetro na medição de força. E, como somos um blog voltado a fisioterapeutas, falaremos exclusivamente da força muscular e as aplicações do dinamômetro sobre ela.
Bem, agora que já relembramos o que é a força e como ela age, podemos prosseguir e explicar melhor o que é um dinamômetro.
Conforme expliquei anteriormente, o dinamômetro é um equipamento utilizado para medir a intensidade de força de um determinado corpo. E ele tem inúmeras utilidades e em áreas distintas, como por exemplo a mecânica de carros e na área da saúde.
Em geral, a construção do dinamômetro é relativamente simples: o corpo (a caixa), a célula de carga, os ganchos na extremidades e os conectores elétricos.
Como vimos, há a força estática e a força dinâmica utilizada para definir o estudo da força sobre corpos em repouso e em movimento, respectivamente. Na avaliação de força, os fisioterapeutas e educadores físicos contam com essas diferenciações e necessitam de equipamentos que o auxiliem a identificar cada tipo de força da forma correta.
Uma vez que o dinamômetro é utilizado para medir a intensidade de força desses corpos, surgiu então as diferenciações entre a capacidade de cada dinamômetro. Falando especificamente de força muscular, é possível avaliar a força através das contrações isométricas e isotônicas.
Enquanto o método isométrico avalia a força sem movimento (força estática), o método isotônico avalia a força contra uma resistência (força dinâmica). Essas avaliações, serviram de base para a criação de dois tipos de dinamômetros: o dinamômetro isométrico e o dinamômetro isocinético.
Como você deve imaginar, o dinamômetro isométrico é utilizado para avaliar a força estática. Os treinos estáticos são grandes responsáveis pelo aumento da força do indivíduo, isso, claro, a depender da intensidade, da duração e da frequência da tensão muscular.
Os dinamômetros isométricos podem ser aqueles de preensão manual, de compressão ou os que medem a força por tração.
Um dinamômetro por tração, por exemplo, funciona quando uma força é exercida em uma de suas extremidades (desde que a outra esteja fixa em algum suporte), a célula de carga é tracionada e, a partir disso, o equipamento consegue mensurar, de forma objetiva, a intensidade da força aplicada sobre ele.
E eles podem ser utilizados para medir tanto membros inferiores, quanto superiores. Com a exceção, é claro, do dinamômetro de preensão palmar que só pode medir a força exercida na mão.
O dinamômetro isométrico, por ser, quase sempre, portátil, é bastante utilizado em clínicas de fisioterapia e auxilia os profissionais a avaliar a força estática de diversos pacientes.
Uma grande vantagem do treino de força estática é que se pode trabalhar um músculo ou grupo de músculos de forma objetiva, sendo bastante útil para na reabilitação de lesionados ou até no trabalho para evitar futuras lesões.
Por sua vez, o dinamômetro isocinético avalia a força dinâmica do indivíduo e é capaz de entregar resultados mais detalhados que o dinamômetro isométrico. E isso, é sim, uma grande vantagem. A notícia ruim é que esse tipo de dinamômetro está disponível apenas para uma pequena parcela de fisioterapeutas, devido ao seu alto custo.
Falaremos disso mais a frente.
Como a identificação da força muscular pode ser algo muito subjetivo, como por exemplo utilizar a escala MRC para identificação da força de um paciente, o dinamômetro isocinético garante ao avaliador uma enorme precisão e acesso a informações para avaliar a força muscular.
Diferente do dinamômetro isométrico, o dinamômetro isocinético não é nada portátil. Sendo um equipamento que, uma vez instalado na clínica, ele ficará lá por um bom tempo devido ao seu tamanho, como pode ver na imagem abaixo.
O dinamômetro isocinético é bastante utilizado por grandes clubes de futebol, principalmente os do exterior, já que a prevenção ou reabilitação de lesões nos atletas deste esporte é muito valiosa e contar com os melhores equipamentos para isso é fundamental. Onde os fisioterapeutas dos clubes podem avaliar grupos musculares específicos e tratar anormalidades nos músculos com exercícios específicos, por exemplo.
Bem, até aqui você já sabe que a força é estudada nos campos da estática e dinâmica. Já sabe também o que é um dinamômetro e suas variações na avaliação de força, o isométrico e isocinético. Mas, talvez, você ainda não tenha compreendido como esse equipamento pode ser utilizado por você fisiotepeuta na avaliação de força muscular.
Neste tópico eu mostrarei como o dinamômetro pode ajudar o fisioterapeuta a avaliar força.
Algo importante para se entender é que o dinamômetro garante algo muito importante e ainda negligenciado por muitos profissionais da saúde: a informação.
Por muitos anos, grandes fisioterapeutas fizeram sua fama pela qualidade dos serviços prestados e pela sua experiência. Experiência essa que, muitas vezes, faz com que o profissional sinta que não precisa de nada além do que seu conhecimento para avaliar um paciente.
Ledo engano.
A experiência é sim um fator importante, afinal cada paciente pode ter um problema diferente e cabe ao fisioterapeuta identificar qual será a melhor estratégia para o tratamento. Mas, após essa decisão, o fisioterapeuta precisa se cercar de equipamentos e tecnologias que dê a ele mais amparo na tomada de decisões.
Por isso, o dinamômetro é tão importante para a avaliação de força muscular, pois como já disse, a identificação da força é algo muito subjetivo e apenas o “olhômetro” não é capaz de mostrar com 100% de clareza a situação do paciente.
Não há uma resposta específica para essa pergunta, pois a realidade financeira varia fisioterapeuta para fisioterapeuta. Mas podemos te ajudar com um passo a passo para você poder chegar à resposta.
O primeiro passo a se considerar, antes de qualquer coisa, é se você tem demanda para este serviço. Isso é, qual a frequência que você precisa atender pacientes lesionados ou até aqueles que são atletas e estão se preparando para competições?
Se você constatar que tem sim demanda de pacientes que precisam de avaliações de força, já estará apto para seguir em frente e estudar as opções disponíveis no mercado.
No segundo passo você deve considerar até quanto está disponível (ou pode) gastar. Lembra que eu disse no tópico do dinamômetro isocinético sobre seus valores? Por ser uma tecnologia estrangeira, o dinamômetro isocinético é cotado em dólar e, se convertido nos valores atuais para o Real, seu custo ultrapassa os $500.000,00.
Sim, MEIO MILHÃO DE REAIS.
Como eu disse: é uma tecnologia muito boa, mas, infelizmente, acessível a uma pequena parcela da população.
Mas não desanime, caso você não tenha esse valor na conta, ainda pode avaliar força muscular com um dinamômetro isométrico. E não vai sair perdendo (a depender da marca que escolher, é claro).
A proposta dos dinamômetros isométricos é ser uma alternativa de qualidade aos dinamômetros isocinéticos. Procurando entregar informações validadas e que ajudem o fisioterapeuta a tomar decisões fundamentais para o bem-estar do paciente, como é o caso do E-lastic.
O terceiro e último passo é você identificar qual tipo de dinamômetro isométrico vai ser mais útil para seus atendimentos. Eu comentei acima que há 3 tipos de dinamômetros isométricos:
Após responder cada um dos três passos, você poderá responder à pergunta do início deste tópico. Ah! Preste atenção ao pesquisar, pois muitas dessas tecnologias são importadas, logo são cotadas em dólar.
Procure soluções nacionais e com pagamento em Real para que você não fique dependente da flutuação do câmbio ou coisa do tipo.
Se você chegou até aqui e sente que o dinamômetro isométrico pode ser útil nas suas avaliações de força, deixe-me apresentar a você os serviços da E-lastic.
O E-lastic é um serviço de avaliação de força portátil, por assinatura, que garante que fisioterapeutas avaliem força baseado em evidências e tenham o resultado em tempo real.
Com um aplicativo de celular exclusivo conectado a seu dinamômetro, o E-lastic entrega informações prontas e otimiza o tempo do fisioterapeuta, fazendo com que ele possa, além de avaliar com mais precisão, possa não depender apenas da subjetividade.
Com uma assinatura mensal acessível, onde em até 2 atendimentos você pode recuperar o investimento, é possível gerar relatórios de assimetria, medir a força isométrica, organizar os pacientes e muito mais. Para saber quanto cobrar por cada sessão de fisioterapia, clique aqui.
Gostou do artigo? Fique à vontade para compartilhar em suas redes sociais.